quinta-feira, 26 de abril de 2012

8ª CORRIDA DA LIBERDADE


Em Portimão, no sul deste país, também ontem se comemorou o Dia da Liberdade, embora todos saibamos que foi mais dia e menos liberdade, mas nada a que este povo não esteja habituado e talvez até resignado ou acomodado ou desinteressado, mas isso é tema para outras conversas.

Ontem, na zona ribeirinha da cidade de Portimão, numa manhã fria e ventosa, sempre a ameaçar com chuva, decorreu a VIII Corrida da Liberdade, com provas para os vários escalões e, portanto, várias distâncias a correr, tendo a este evento comparecido algumas centenas de atletas de vários pontos do país e bastante gente a aplaudir e a incentivar, coisa rara neste dias que correm (pelo menos neste país livre!).

Nas provas principais, de 6300 m para homens e 4500 m para senhoras, triunfo em masculinos para o atleta JORGE VARELA do CASão João com 19'31'', enquanto que no sector feminino a vitória foi para a algarvia ANA DIAS, do MCPortugal com 16'40''.

Quanto à minha prova, esta decorreu dentro do normal, tendo corrido a um ritmo constante, sem grandes quebras, embora se tratasse de um percurso em circuito com voltas em sistema fechado e devido ao vento que se fazia sentir, talvez tenha havido alguma perda, mas nada significativo. No balanço final destes dias de pausa em terras algarvias, considero proveitoso o que fiz.

A MINHA PROVA

TEMPO OFICIAL: 30'02''
CLASS GERAL: 72º
CLASS VET IV:
 
Vemo-nos em... Rio Maior.


segunda-feira, 23 de abril de 2012

32º CIRCUITO VILA DE ODEMIRA




Decorreu ontem, 22ABR12, o 32º Circuito Vila de Odemira, prova organizada pelo NCD Odemira, com o apoio da AABeja e da CMOdemira, prova com várias distâncias para todos os escalões, em que também fazia parte uma caminhada, todas com partida e chegada no largo do tribunal da bonita vila alentejana.
As várias centenas de atletas, caminheiros e acompanhantes que se deslocaram a Odemira, usufruíram de uma bonita e radiosa manhã, com uma boa temperatura, embora se sentisse algum vento, para percorrerem uma prova em circuito, com várias voltas a um percurso unicamente de sobe e desce, em alcatrão e calçada, o que de alguma forma limitou a conquista de melhores tempos.
A prova rainha do cartaz, de Juniores e Seniores masculinos (7800m), foi ganha por CARLOS SILVA do SCPortugal com o tempo de 22’26’’, enquanto no sector feminino (5200m) a vencedora foi ANA CATARINA do NCDOdemira com a marca de 18’56’’.
Quanto à minha prova, em representação da UDR Zona Alta, correu normalmente, embora como tenha referido, o percurso de 5.200 m., tenha sido apenas sobe e desce, em quatro voltas de 1.300 m cada, com piso empedrado, considero que fiz um bom tempo, a um ritmo de prova sempre rápido e constante.

A MINHA PROVA
TEMPO OFICIAL: 23'11''
CLASS GERAL: 62º
CLASS VET III: 13º

 
Vemo-nos em... Portimão.

domingo, 15 de abril de 2012

2ª PROVA NOCTURNA DE ORTIGA


Decorreu ontem à noite, pelas 21H30, a II Prova Nocturna de Ortiga, organizada pela Liga Regional Melhoramentos de Ortiga, com o apoio da Câmara Municipal de Mação e Junta de Freguesia de Ortiga, na distância de 5500m, com partida junto da Escola Primária, muito perto da sede da Junta de Freguesia.

A centena de atletas que se deslocaram a esta simpática localidade do concelho de Mação, enfrentaram um percurso muito sinuoso, de constante sobe e desce, delineado pelas ruas da freguesia, composto por uma volta pequena de 1000m e outras duas de 2250m cada, terminando junto da sede da Liga Regional de Melhoramentos de Ortiga.

A noite estava fria e a ameaçar chuva ,"convidando" atletas e acompanhantes a permanecerem protegidos, mas lá se deslocaram para a linha de partida, com o "tiro" a ser dado pelas 21h 30m, prova esta que foi vencida por MARCO MARQUES do União de Tomar em 18m 45s. No sector feminino JOANA CORREIA da CB Abrantes venceu em 23m 09s.

A entrega de prémios foi realizada durante o beberete que foi oferecido pela organização a todos os atletas e acompanhantes (lamento apenas a falta de civismo de alguns em detrimento de todos; se as mesas fossem comestíveis...!!!).

Quanto à minha prova, nada a dizer de muito relevante, correu como inicialmente previsto, com o objectivo de terminar no minuto 27, até porque o percurso como já ficou dito era tipo carrossel, piso molhado, mas foi aceitável para a fase de preparação em que estou, embora a meio da prova pudesse ter sido um pouco mais rápido.

A MINHA PROVA

TEMPO OFICIAL: 27'52''
CLASS GERAL: 65º
CLASS VET M50:


Vemo-nos em... Odemira.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

HOMENS DO MEU TEMPO #02



Carlos Alberto de Sousa Lopes, o "Campeão", nasceu a 18 de Fevereiro de 1947, em Vildemoinhos, uma pequena aldeia próxima de Viseu.

A família Lopes era modesta. Carlos começou a trabalhar como servente de pedreiro, ainda nao tinha onze anos, para ajudar a sustentar a casa de família. Mais tarde, foi empregado de mercearia, relojoeiro e contínuo.
Enquanto adolescente, Lopes ambicionava ser jogador de futebol no Lusitano de Vildemoinhos, o clube da sua aldeia. O clube rejeitou-o por ser excessivamente magro. Como ele próprio contou mais tarde, o atletismo surgiu por acaso. Numa correria com amigos, durante a noite, ao voltar de um baile (correndo em parte para afastar o medo que o vento uivante lhes fazia), Carlos Lopes foi o primeiro, batendo um grupo de rapazes da sua idade que treinavam regularmente e já se dedicavam ao atletismo. Foi nesse grupo de adolescentes que nasceu a ideia de criar um núcleo de atletismo no Lusitano de Vildemoinhos.
O próprio Lopes referiu: "Para me inscrever, falsifiquei a assinatura do meu pai, não fosse ele achar que eu também não tinha cabedal para correr. Depois de tudo oficializado, fizemos um treino de vinte quilómetros. Uma maluquice! Depois de arrefecer fiquei como que bloqueado, mal me podia mexer. Andei três dias agarrado às paredes, sofrendo, sofrendo... Mas isso não me desmotivou...".

Em 1976, surgiu-lhe em casa um emissário do Sporting. Era o sonho à beira de se realizar.
Já em Lisboa, sofre a primeira desilusão, o prometido emprego de torneiro-mecânico, transformara-se em serralheiro numa pequena oficina. Manteve-se como serralheiro até ir para a tropa. Depois de cumprir o serviço militar, em Lisboa, despediu-se da serralharia e foi trabalhar para o "Diário Popular", como contínuo. Pouco depois passou para empregado bancário no Crédito Predial e depois trabalharia no Banco Português do Atlântico.
É no Sporting Clube de Portugal que encontra o treinador da sua vida, Mário Moniz Pereira.

A primeira prova oficial de Lopes foi numa corrida de São Silvestre, tinha dezasseis anos. Ficou em segundo lugar, pese embora a presença de corredores bem mais experientes. Pouco tempo depois, ganhou o campeonato distrital de Viseu de corta-mato e quase de seguida, foi terceiro no campeonato nacional de corta-mato de juniores. Essa classificação, levou-o pela primeira vez ao Cross das Nações, em Rabat, Marrocos. Carlos Lopes foi o melhor português, em 25º lugar. Tinha então dezassete anos.

Foi o vencedor da Medalha Olímpica Nobre Guedes, em 1973.

Em 1975, Carlos Lopes e outros atletas do Sporting passam a treinar duas vezes por dia. Lopes era dispensado do seu emprego na parte da manhã. Entrava-se assim, na era do semi-profissionalismo.

Em 1976, ganha pela primeira vez o Campeonato do Mundo de Corta-Mato, que nesse ano se realizou em Chepstown, no País de Gales. Como mais tarde viria a demonstrar, fez uma corrida em que evidenciou uma enorme auto-confiança, mostrando resistência, sentido táctico e muito boa ponta final (sprint).

Carlos Lopes, que já tinha estado sem glória nos Jogos Olimpicos de Munique'72, era uma das maiores esperanças lusas para Montreal'76, onde teve, aliás, a honra de ser o porta bandeira da equipa lusitana durante a cerimónia inaugural.
Na final dos 10.000 metros dos Jogos, Lopes forçou o andamento desde o início, seguindo as instruções de Moniz Pereira, pois a táctica era rebentar com a concorrência (ou com ele próprio). De facto, iniciou o último meio quilómetro bem adiantado do pelotão. Mas não ia só. Lasse Viren, da Finlândia, tinha sido o único a conseguir acompanhar Lopes. Nas últimas centenas de metros, Viren atacou forte, ultrapassou Lopes e ganhou a medalha de ouro. Lopes foi segundo e teve de se contentar com a prata. O finlandês era um atleta e excepção e, ganhou também o ouro nos 5 000 metros.
Era a primeira vez, em décadas, que Portugal conquistava uma medalha olímpica, e a primeira no atletismo.

Em 12 de Agosto de 1984, Carlos Lopes vence a prova da maratona nos Jogos Olimpícos de Atlanta 1984 (que madrugada memorável !!!), tornando-se o primeiro português a ser medalhado com o ouro Olímpico. A prova foi rápida e a marca atingida (2h09m21s) manteve-se como recorde olímpico até Pequim 2008.

Carlos Lopes foi:

9 vezes Campeão Nacional de pista (5.000, 10.000, 3.000 obst, 4x1.500);
3 vezes Vencedor da Taça Dos Clubes Campeões Europeus de Corta-Mato;
3 vezes medalhado de prata nos Europeus (Atenas'69, Roma'74 e Atenas'82);
10 vezes Campeão de Portugal de Corta-Mato (entre 1970 e 1984);
3 vezes Campeão do Mundo de Corta-Mato ('76, '84, '85);
2 vezes Vice Campeão do Mundo de Corta-Mato ('77 e '83);
3 vezes atleta olímpico (Munique'72, Montreal'76 e Los Angeles'84);
1 Medalha de Prata nos 10.000 metros em Montreal '76;
Recordista Europeu dos 10.000 m em 1982, com a marca de 27'24''39;
Medalha de Ouro na Maratona Olimpica em Los Angeles 1984;
Vencedor da Maratona de Roterdão em 1985, efectuando a melhor marca do Mundo com 2h07m12s
Vencedor de inúmeras provas em pista, corta-mato e estrada.

Actualmente, Carlos Lopes é embaixador da Federação Internacional de Atletismo, da Federação Portuguesa de Atletismo, dá o seu contributo a inúmeras causas solidárias e patrocina variados eventos desportivos, com a humildade que sempre o caracterizou.


segunda-feira, 9 de abril de 2012

16ª LÉGUA DE VALE DE ÓBIDOS


No sábado, dia 07ABR, pelas 17H00, em Vale de Óbidos, freguesia do concelho de Rio Maior, correu-se a 16ª Légua (que por sinal tem 5.500m !!!), prova inserida no torneio das freguesias do mesmo concelho, e organizada (e bem) pela colectividade local, a merecer a participação de um razoável lote de atletas, "culpa" também da não realização, por motivos meramente polticos e economicistas, de uma prova mítica, invulgar e única como é (ou era) o Grande Prémio da Páscoa de Constância, que habitualmente se realizava na manhã do Sábado de Aleluia e, que levava àquela vila camoneana milhares de pessoas de todo o país para ali correrem, caminharem e deixarem alguns €uros, mas enfim, como diz a populaça, "eles é que sabem" (ou não).

Esta jornada que contou com provas para os vários escalões, teve na sua prova rainha, a Légua, a vitória de JORGE MARCELINO, do Industrial Vieirense com o tempo de 19'00'', enquanto no sector feminino a vitória foi para JOANA CORREIA da CBAbrantes com a marca de 24'02'', prova onde se classificaram 108 atletas.

Quanto à minha prova, corri confortável, mas mesmo muito confortável, tendo no final realizado 28'16'', um pouco mais do que inicialmente previsto, mas o percurso também era de sobe e desce, fazendo no final um balanço ainda assim positivo, pela marca e altura competitiva em que me encontro, não sendo de desanimar de todo, até porque havia muita concorrência no escalão.

A MINHA PROVA

TEMPO OFICIAL: 28'16''
CLASS GERAL: 83º
CLASS VET II: 10º

Vemo-nos em... Ortiga.